quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Meu percurso na Educação Básica

Como o fundamento principal deste memorial é relatar a construção da nossa identidade profissional e da nossa itinerância pedagógica, começarei relatando e refletindo o meu percurso na educação básica. Bom, pra mim escola e família sempre estiveram associadas, até porque minha avó era professora e em casa as discussões sempre envolviam a educação. Entrei na escola com três anos e por volta dos quatros iniciei meu processo de alfabetização em casa com minha avó nas horas de folga. Quando cheguei à alfabetização já escrevia e lia, me recordo que muitas vezes achava as aulas e atividades chatas, repetidas. Oh meu Deus! Era uma cartilha com aquelas atividades de soletração e com as chamadas famílias (ex. família do B – ba, be, bi, bo e bu) em que a professora ainda tomava a argüição.
A escola era super legal, colorida, divertida e os professores dedicados. Da 1ª a 4ª serie eu trago as maiores lembranças da minha infância, as mais lindas e saudosas...os amigos que fiz e que estão comigo até hoje, as festas de São João, folclore e natal e as aulas ministradas pelas professoras. Da 5ª a 8ª já me recordo dos temidos dias de provas, dos inúmeros conteúdos que estudávamos ou até mesmo decorávamos. A concepção de avaliação era bem diferente dos dias atuais, o aprendizado do aluno era atribuído de acordo com a nota que ele tirava, se perdesse nas quatro unidades poderia ser aprovado no Conselho de Classe que acontecia no final do ano. Com a contribuição de diversos estudiosos hoje já vemos um grande avanço neste sentido, a concepção de avaliação enfatiza o processo gradativo de aprendizagem do sujeito, seus avanços, suas dificuldades. Até o Conselho de Classe em muitas escolas ocorrem no final de cada unidade, buscando identificar os sucessos e insucessos dos alunos nas disciplinas.
Quando entrei no Ensino Médio mudei de escola e esse novo ambiente foi de rica experiência para mim. Sempre que estou fazendo algum trabalho, analisando alguma situação eu relaciono com a minha vivência no Ensino Médio. Estudei no Colégio Luiz Eduardo Magalhães e proposta pedagógica deles era diferente, os professores recém formados e até mesmo o que já tinham vasta experiência trabalhavam os conteúdos de suas disciplinas de maneira contextualizada, com aulas dinâmicas e bem humoradas, os projetos de inglês e literatura movimentavam a escola sem contar nos jogos internos. Os temas que estavam em foco na mídia e no mundo eram discutidos e debatidos, outro aspecto trabalhado que acredito ser muito interessante era o vestibular. Os filmes solicitados para o vestibular da UESB eram exibidos e comentados, sem contar nas avaliações que traziam questões dos principais vestibulares do país. Essa possibilidade de vislumbrar uma universidade pública foi primordial para assim como eu muitos colegas tentarem o vestibular.

Um comentário:

  1. Thiana,

    Você deixa clara na sua fala a importância das fontes pré profissionais. Veja como a família foi importante na sua trajetória. Muito legal as lembranças que vc traz e também as reflexões sobre esses momentos. Fiquei feliz de saber que o Colégio Luís Eduardo incentivou tanto a sua formação.
    Socorro

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